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Policiais reconhecem falta de preparação
Policiais baianos denunciam que muitos colegas não estão preparados para lidar com armas e com a população nas ruas.
Dizem ainda que falhas no treinamento são responsáveis pelos casos de violência policial, como aconteceu com o empresário baleado por PM's durante uma abordagem em Salvador.
Um policial civil, que prefere não se identificar, reconhece as deficiências. 'O treinamento dos policiais é precário. O curso de formação da Academia dura aproximadamente de
A Associação de Praças da Polícia Militar concorda que o problema é grave. 'Ele [policial] tem pouca munição para poder treinar e, muitas vezes, vai para a rua trabalhar e leva 10 ou 15 anos sem voltar ao treinamento que deveria sempre ter na corporação', diz o representante da associação, Apolinário de Santana.
O policial civil que não se identificou acrescenta: 'Vinte ou trinta horas é um tempo muito curto para você saber manusear uma arma. Ele está pondo em risco a sua vida'.
Representantes das polícias Militar e Civil se defendem. '[A preparação é de] 90 a 120 dias em regime de tempo integral. Muitas vezes, até os três turnos, a depender da situação, inclusive aos sábados. Então, o treinamento é muito intensivo, muito dedicado. Tem todas as técnicas de manuseio da arma de fogo para bem servir as atividades policiais', avalia o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo.
O capitão do curso de formação de praças da PM, Juarez Giffone, alega que a Polícia Militar fez um planejamento para a formação do soldado contemplando diversas disciplinas através de uma matriz curricular que obedece a uma sinalização da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Sobre a reciclagem dos agentes, o capitão Giffone diz ainda que é preciso melhores resultados. 'Existem dificuldades, não tenha dúvidas disso'.
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