Realizada no dia 8 pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e Ministério Público do Estado, a "Operação Janus" cumpriu quatro mandados de prisões e 13 de busca e apreensão em escritórios de advogados, acusados de tráfico de influência, corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e exploração de prestígio. Segundo a polícia, a organização criminosa contava com a participação de servidores públicos e de ex-assessores de políticos, obtendo favorecimento em causas milionárias.
O MP requereu os mandados, após investigações iniciadas em julho de 2006 sobre o sistema prisional do estado, que apontavam para decisões judiciais conseguidas com a influência dos envolvidos. Foram apreendidos durante a operação documentos e computadores, que serão periciados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Os quatro presos estão recolhidos na Polinter, em celas separadas.
O secretário da Segurança Pública, César Nunes, ressaltou que as provas levantadas no decorrer da investigação foram convincentes para a Justiça acatar o pedido dos mandados de prisão e busca e apreensão. Disse ainda que todos os indícios confirmam a participação desses advogados e que a elucidação dos fatos devem indicar novos envolvidos. Nunes informou também que a operação ação foi realizada em Salvador e Vitória da Conquista, com o apoio do MP e conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia. O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia, promotor Paulo Gomes Júnior, afirmou que a quadrilha atuava de forma estável e habitual e sempre foi favorecida em processos milionários. "Todo esse esquema deturpa a imagem do Poder Judiciário", finalizou.
Fonte Sollo Operação Junus
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